Dois podem andar juntos a menos que estejam de acordo?

 

 

06 de outubro de 2017

Resposta Inicial do Gafcon ao Comunicado do Encontro de Primazes 2017
(O comunicado pode ser encontrado na parte inferior desta página)

 O comunicado de hoje do Encontro de Primazes 2017, em Canterbury, na Inglaterra, é muito decepcionante, mas não é surpreendente. Como dissemos de forma consistente, os atuais "Instrumentos da Unidade" estão quebrados e, como falou o Arcebispo Ntagali, Primaz de Uganda, "todas as tentativas de reparar o tecido rasgado e curar a traição tem feito a situação pior". [1] Isso tem novamente provado ser verdade.    
  
Quando os líderes do Gafcon e do Sul Global, que representam a maioria dos anglicanos do mundo, se encontraram no Cairo no mês passado, foi a oração deles que "o resultado da próxima reunião dos Primazes fosse decisivo e levasse a uma ação coerente e responsável em relação à questões que continuam a destruir o tecido da Comunhão, questões que têm consequências eternas ". [2] A julgar pelo Comunicado, suas esperanças para o encontro foram desapontadas.
 
O Encontro de Primazes foi retratado como um "bom desacordo" sobre questões de sexualidade, e que as convicções teológicas irreconciliáveis ubjacentes as diferentes posições podem ser deixadas de lado por causa da unidade institucional. Mas isso não reflete a realidade. Nós não estamos "andando juntos". [3]                             

O mais significativo é o fato de que vários primazes, incluindo o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Primazes do Gafcon, se recusaram a participar do encontro. Nas palavras do Arcebispo Nicholas Okoh, Primaz da Igreja da Nigéria, "A presença em Canterbury seria dar credibilidade a um padrão de comportamento que permite que grandes danos sejam feitos para o testemunho e a unidade do anglicanismo global". [4]
 
As consciências dos outros os levaram a participar, a fazer uma defesa robusta do Evangelho. Eles testemunharam fielmente a autoridade do ensino imutável das Escrituras sobre o casamento e as relações humanas. Infelizmente, o chamado dos primazes ao arrependimento não foi atendido por aqueles que procuraram redefinir o casamento. Sem arrependimento, não pode existir reconciliação.

Mais uma vez, vimos a "incapacidade dos instrumentos de comunhão existentes para discernir a verdade e o erro e tomar uma medida eclesiástica vinculativa". Os instrumentos têm novamente não estado à altura da situação na sua capacidade de disciplinar os líderes que abandonaram a fé bíblica e histórica ". [5] A rejeição das Escrituras e as mudanças na prática pastoral que foram iniciadas pela Igreja Episcopal, Igreja Anglicana do Canadá e Igreja Episcopal Escocesa têm rasgado o tecido da Comunhão. Por esta razão, somos gratos pelos primazes que consagraram um bispo missionário para cuidar dos fiéis na Escócia. Não há equivalência moral entre o cruzamento da fronteira, que surge, "de uma profunda preocupação com o bem-estar dos anglicanos diante da inovação", e as próprias inovações (Dar es Salaam Communique 2007).

Como foi dito no início desta semana, seria trágico se encontros como este ou a Conferência de Lambeth fossem nossa única, ou principal, forma de relacionamento anglicano global. Felizmente, o movimento Gafcon nos dá a habilidade de compartilhar uma autêntica comunhão cristã, que, por sua vez, nos constrói para o ministério. O Gafcon continua empenhado em modelar o anglicanismo ortodoxo verdadeiramente global, onde a unidade baseia-se no fundamento bíblico do Evangelho imutável.

Nossa atenção se volta agora para Jerusalém 2018, onde nos reuniremos para comemorar o aniversário de 10 anos do Gafcon e compartilhar a adoração, o ensino e a comunhão.


[1] https://americananglican.org/current-news/reflection-primates-meetings/
[2]http://www.globalsouthanglican.org/index.php/blog/comments/gsp_comm_cairo_sept2017
[3] https://www.gafcon.org/news/we-are-not-walking-together
[4] https://www.gafcon.org/news/chairmans-september-2017-letter
[5] http://www.globalsouthanglican.org/index.php/blog/comments/communique_sixthGSC